Como será que a maconha age no cérebro?
O THC, é o principal composto psicoativo da nossa plantinha e se relaciona com receptores pré frontais e límbicos, ele se conecta às célula do nosso cérebro o que deixa todo o corpo chapado, cada célula acessa o THC através do sistema endocannabinoide, nesse processo, nosso corpo fica mais lento e relaxado, o que diminui a frequência de algumas sinapses, aquele efeito mais chapado e com baixa concentração que a gente já conhece, mas será que fumar muito bem bolado pode te deixar esquecido pra sempre?
A verdade é que os efeitos duram principalmente enquanto a pessoa está sob o efeito da substância, estudos recentes comprovam que apenas a memória de curto prazo é afetada, por isso é muito comum a gente se perguntar: Onde será que eu deixei meu bem bolado? Mas não se preocupe, esses efeitos passam assim que a onda diminui, mas é válido observar : se tiver ficando complicado se lembrar das coisas, o ideal é fazer uma pausa de 2 a 3 semanas para resetar parte dos efeitos adversos.
Acontece que se você fumar de forma crônica e estiver a maior parte do tempo deixando seus neurônios curtindo uma brisa, eles vão trabalhar de forma mais lenta e com menos foco, mas o que ficou comprovado mesmo é que quanto mais bem bolados uma pessoa fuma, maiores são os ricos a sua cognição a longo prazo, principalmente pra quem começou a fumar NA ADOLESCÊNCIA.
Por que isso acontece?
Alguns estudos comprovaram que fumar maconha na adolescência pode prejudicar ainda mais a saúde da memória, exatamente por esse ser o período em que o cérebro ainda está em formação, então se você é menor de 23 anos o ideal é realmente esperar, ou encontrar outras vias de conexão com a planta, mas é válido lembrar que o Álcool é 144 vezes mais nocivo a saúde do que a maconha, então fique atento com a sua interação com as substâncias.
Mas por que falam tanto que a maconha mata neurônios?
Memória, cognição e cérebro tem tudo a ver e esse é um dos maiores mitos que envolvem neurociência e maconha. No começo da década de 70, os Estados Unidos viveram um período de repressão que ficou conhecido como o começo da "Guerra às Drogas", Richard Nixon foi um dos pioneiros dessa visão punitivista contra usuários, que naquele momento eram em sua maioria latinos, pessoas pretas e periféricas - um tanto parecida com a nossa história de proibição, né? - e também os hippies e ativistas a favor da paz e contra a guerra do Vietnã, que traziam o movimento de contracultura e buscavam por novas experiências com o uso de substâncias.
“Tulane Study " foi uma pesquisa "científica" encomendada pelo governo proibicionista estadunidense que ficou conhecido por "provar" como a maconha matava neurônios e fazia mal a saúde do cérebro. Infelizmente essa FAKE NEWS é usada como argumento para falar mal da nossa plantinha até hoje! Mas vamos entender como esse mito foi criado?
A metodologia
Para realizar o teste, 3 macacos foram obrigados a inalar uma quantidade absurda de fumaça de maconha, em média 60 cigarros por dia. Após 90 dias, os macacos faleceram e na biópsia, ficou detectado que a causa da morte foi cerebral por conta da maconha.
A campanha foi usada em um merchan político do candidato à presidência Ronald Reagan, e ajudou a notícia da falsa pesquisa a se espalhar e alarmar a população contra os perigos da verdinha, já que ela poderia matar os neurônios. A verdade foi descoberta logo depois, e a causa da morte dos macacos foi por asfixia por conta da inalação de gás carbônico de tantos cigarros que foram ministrados aos animais.
Mas e o tal efeito neuroprotetor, ein?
Sabemos que a maconha tem obtido resultados positivos quando usada em tratamentos para pessoas com espectro TEA, em quadros de epilepsia e também em pacientes com Alzheimer, alguns dos seus canabinóides como CBD tem capacidade de regular o organismo, trazendo efeitos anti-inflamatórias, ansiolíticos, antioxidantes e anticonvulsivantes, alguns estudos sugerem que a plantinha tem até mesmo o efeito de proteger nossos neurônios, ou seja, exatamente o oposto do que tem sido propagado todos esses anos por aí, mas calma lá, isso não significa dizer que a maconha é a solução para todos os nossos problemas viu?
Até o momento, os estudos dizem que o CBD ou o THC em baixíssima concentração seriam os mais seguros para manutenção e regeneração dos tecidos cerebrais, ainda mais quando falamos de saúde cerebral de pessoas mais novas como os adolescentes.
Como toda substância e sua frequência de uso a plantinha pode trazer benefícios e malefícios a longo prazo.
Ps: A gente ama o Bem Bolado mas ele não é perfeito, saiba identificar se você está tendo um uso problemático, converse com um psicólogo antiproibicionista de sua confiança e se precisar, se lance ao desafio de tirar umas férias do Bem Bolado (T-Break).
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