Ainda muito marginalizado na nossa sociedade, por se tratar de uma forma de expressão que vem da favela e nasce de dentro dos movimentos de contracultura e antifascismo. No pixo encontramos as palavras rasgadas e expostas nos muros, janelas em quase todas grandes cidades. Esse é um movimento POLÍTICO!
De São Paulo pro Mundo
Existem diversos registros históricos de pichações ao redor do mundo, escrever nas paredes sempre foi uma forma de expressão silenciosa e impactante. No Brasil, o picho ficou mais popular em um período sombrio de repreensão e proibicionismo: A DITADURA, seguindo a onda das revoluções do maio de 68, O PICHO (aqui ainda escrito na versão com CH) fala sobre todas as palavras e frases que vemos pelas cidades, sejam elas de frases políticas, recados anônimos ou marcos territoriais.
O Pixo com X nasceu entre anos 70/80 em becos e ruas de São Paulo os códigos são pensados para ser uma linha direta: de PIXO pra PIXO, os símbolos se tornam a linguagem dessa comunidade que cresce a cada dia e ganham cada vez mais destaque na mídia. Hoje o pixo sai das margens para ocupar outros espaços: está até mesmo em galerias de arte e exposições mundo afora.
Mulheres do Pixo
As mulheres também fazem a cena e descem a letra, com dedo na lata e força na cena elas vem derrubando o machismo e o sexismo, e fazem de suas escritas um grito de revolução.
Tem quem pense que PIXO é coisa só de mano, mas as mina mandam MUITO!
Se liga: conheça a história e arte da Irene (@eneri.psm), pixadora paulistana que participou da campanha da Weed Wear.
Quer saber mais sobre esse assunto?
João Wainer é jornalista, fotógrafo e cineasta. Colou com a gente e foi diretor da campanha audiovisual Bole Sua Moda da Bem Bolado Weed Wear.
Confere o documentário dele: PIXO e aprenda ainda mais sobre esse universo.
Disponível no youtube.
Referências:
https://www.instagram.com/pixoart_sp/
https://esquerdadiario.com.br/spip.php?page=gacetilla-articulo&id_article=12522
http://www.observatorioculturaecidade.ufscar.br/acervo/resenhas/pichacao-x-pixacao/
Autor do Conteúdo: Kami Jacoub